O Flamengo chegou às semifinais da Copa Libertadores de forma bem cinematográfica: 2 a 2 no placar agregado, pênaltis e duas defesas espetaculares que mudaram o rumo da partida. O duelo aconteceu contra o Estudiantes de La Plata, que conseguiu empatar o confronto ao vencer o segundo jogo por 1 a 0, mas acabou pagando o preço na hora da cobrança.
Desde o apito inicial, a partida parecia uma batalha de vontades. O Flamengo abriu o placar no primeiro tempo, mas o Estudiantes respondeu antes do intervalo, com Gastón Benedetti marcando aos 45 minutos. O gol do argentino, mais do que um simples ponto no placar, foi o gatilho para a decisão nos tiros de calcanhar.
Quando os jogadores se alinharam para a série de pênaltis, a tensão era palpável. O argentino Benedetti já havia deixado seu nome na história ao marcar, mas agora precisava encarar o arqueiro argentino que, ironicamente, defendia o gol do clube brasileiro. Agustín Rossi, experiente e com faro apurado para momentos de pressão, mostrou por que tem sido peça-chave na campanha rubro-negra.
Nas duas primeiras defesas, Rossi fez o que poucos conseguem: antecipou a direção das cobranças de Benedetti e Santiago Ascacibar, frustrando ambos e enviando o jogo para o lado do Flamengo. Cada defesa gerou um suspiro coletivo na torcida, e a confiança do time cresceu a cada segundo.
A despeito da derrota por 1 a 0 no segundo jogo, a equipe demonstrou resiliência e experiência em momentos decisivos. O técnico elogiou a postura dos jogadores, destacando a capacidade de manter a calma quando tudo parecia perdido.
Com a vaga garantida, o próximo adversário do Flamengo é o Racing Club, outro gigante argentino que chegou à fase final depois de passar pelo Vélez Sarsfield nas quartas. O confronto promete ser um clássico sul-americano, onde tradição, torcida e talento se encontram em campo.
Racing chega ao duelo com um elenco que tem mostrado consistência defensiva e criatividade no ataque. Já o Flamengo, além da força ofensiva que já mostrou nos jogos anteriores, conta agora com a confiança renovada pela atuação de Rossi. O goleiro, ainda que argentino de nascimento, tem se firmado como um dos pilares da campanha rubro‑negra.
Especialistas apontam que a chave para o próximo confronto será a capacidade de ambas as equipes de controlar o ritmo do jogo e evitar erros individuais. Enquanto o Flamengo pode explorar a velocidade dos seus alas e a qualidade dos finalizadores, o Racing deve tentar impor seu jogo de posse e explorar as laterais.
O torcedor já se pergunta: será que a defesa de Rossi continuará sendo o diferencial? A resposta ainda está por vir, mas a certeza é que o Flamengo entrou na semifinal com a moral nas alturas, pronto para enfrentar mais um desafio que, sem dúvidas, será lembrado pelos amantes do futebol sul‑americano.