Fissura no quadril: o que você precisa saber

Se a dor no quadril apareceu de repente, pode ser sinal de fissura. Não é algo tão raro quanto parece, mas também não é um problema que se resolve sozinho. Neste artigo vamos explicar de forma simples o que causa a fissura, como perceber os sintomas e qual caminho seguir para tratar.

Principais causas da fissura no quadril

As fissuras geralmente surgem depois de um impacto forte – por exemplo, ao cair de uma escada, sofrer um acidente de carro ou receber um golpe direto no lado do tronco. Atividades com movimentos bruscos, como esportes de alta velocidade ou levantamento de peso errado, também podem gerar microfraturas que evoluem para fissuras.

Além dos traumas, algumas condições aumentam o risco: osteoporose, que enfraquece os ossos, e desequilíbrios musculares que sobrecarregam a articulação do quadril. Pessoas que praticam corrida ou ciclismo de forma intensa sem um aquecimento adequado costumam sentir pequenos estalos que podem evoluir para fissura se ignorados.

Sintomas que dizem que algo está errado

O sintoma mais comum é dor profunda na região do quadril, que piora ao apoiar peso ou ao fazer movimentos de rotação. Você pode sentir um incômodo constante ou um pontinho agudo quando levanta da cama. Inchaço, hematomas leves e sensação de “estalido” ao movimentar a perna são indícios claros.

Se a dor impulsiona a limitação de movimentos, como subir escadas ou sentar e levantar, é hora de buscar avaliação. O diagnóstico costuma envolver exame físico e, quando necessário, radiografia ou ressonância magnética para confirmar a fissura.Não ignore sinais de dor persistente; tratar cedo evita que a fissura se transforme em fratura completa.

Como é feito o tratamento

O primeiro passo costuma ser o repouso relativo: evitar atividades que sobrecarregam o quadril por algumas semanas. Gelo na região, 15 a 20 minutos, três vezes ao dia, ajuda a reduzir o inchaço e a dor.

Fisioterapia desempenha papel crucial. Um terapeuta vai orientar exercícios de fortalecimento muscular, alongamentos e técnicas de propriocepção para estabilizar a articulação. Em casos mais graves, o médico pode prescrever órteses ou imobilização parcial.

Quando a fissura não cicatriza com tratamento conservador, ou se houver deslocamento ósseo, a cirurgia pode ser necessária. O procedimento geralmente consiste em fixação interna com parafusos ou placas, permitindo que o osso se una de forma segura.

Recuperação e prevenção

O tempo de recuperação varia, mas na maioria dos casos leva de 6 a 12 semanas para retornar a atividades leves. O retorno ao esporte só acontece depois de avaliações de força, flexibilidade e estabilidade do quadril.

Prevenir novas fissuras é mais fácil do que parece: mantenha um programa regular de exercícios que inclua fortalecimento do core e dos glúteos, faça aquecimento antes de esportes e use calçados adequados. Se você tem osteoporose, siga o tratamento indicado para manter a densidade óssea.

Ficar atento aos sinais do próprio corpo faz toda a diferença. Quando sentir dor inesperada no quadril, não hesite em procurar um profissional de saúde. Um diagnóstico precoce garante tratamento rápido e evita complicações que podem atrapalhar seu dia a dia por muito tempo.