Quando Tottenham Hotspur venceu Leeds United em jogo da Premier LeagueElland Road, a "maldição" de perder sete partidas seguidas antes das paradas internacionais chegou ao fim. A partida, disputada sob ventos fortes e chuva trazida pelos remanescentes da tempestade Amy, trouxe um alívio inesperado para a torcida, que até então vivia temendo mais uma derrota antes da janela de convocação. Thomas Frank, técnico do Tottenham, confessou que pediu ao elenco que jogasse "para não ter que explicar a sequência" nos coletiva de imprensa, enquanto Matias Tell marcava seu primeiro gol na temporada ao aproveitar um rebote de Pascal Struijk que desviou a finalização para o canto da rede.
Desde a temporada 2022/23, o Tottenham vinha acumulando um padrão curioso: cada vez que a Premier League se aproximava da pausa para as seleções nacionais, a equipe deixava o campo com o placar desfavorável. São sete derrotas consecutivas, um número que rapidamente se transformou em meme nas redes sociais, com torcedores apelidando a situação de "a maldição do Frank". O problema não era apenas psicológico; estatísticas da Premier mostram que, nos últimos dois anos, equipes que perdiam logo antes da pausa tendiam a ter desempenho irregular nas semanas seguintes.
Analistas esportivos compararam o caso ao que aconteceu com o Manchester United em 2019, quando também sofreu uma sequência de "tropeços" antes dos jogos da seleção. A diferença, porém, era que o Tottenham não conseguia nem empatar, sempre perdendo por margens apertadas.
O primeiro tempo foi dominado pelos tricolores. Depois de 12 minutos, Brennan arrancou pela esquerda, cruzou e Cudis completou a jogada. A bola foi roubada do meio-campo por James do Tottenham, que lançou rapidamente para Tell. O atacante, ao receber, bateu forte; o chute bateu em Pascal Struijk, que desviou para o canto superior esquerdo da área, passando por Carl Darlow do Leeds e acertando o fundo da rede. O juiz validou o gol como legítimo, e o Tottenham saiu na frente.
Apesar do choque inicial, o Leeds tentou reagir. O guarda-redes Carl Darlow fez algumas defesas difíceis, mas o vento forte atrapalhava os lançamentos longos. No segundo tempo, o técnico Thomas Frank fez duas substituições: trouxe Richarlison para acrescentar presença física no ataque e Lucas Moura para acelerar a transição.
A partida terminou 1 a 0, mantendo o histórico de gols baixos da equipa de Frank nas condições meteorológicas adversas.
Ao final do jogo, Thomas Frank elogiou a postura "cabeça fria" dos seus jogadores. "Fiquei muito feliz com o Tell, que mostrou sangue frio e fez o que treinamos. Também quero que o Rodrigo Bentancur, que acabou de assinar um contrato longo, dê mais consistência. Quando ele está no seu melhor, é um dos melhores meias da Premier League. Preciso ver essa regularidade", afirmou o técnico.
Matias Tell declarou: "É o primeiro gol da temporada, mas o mais importante foi ajudar o time num momento tão delicado. Senti o apoio da torcida mesmo com a chuva, e isso deu força".
Já Rodrigo Bentancur comemorou a renovação do contrato e admitiu que ainda tem trabalho a fazer: "Quero ser mais decisivo nos jogos difíceis, chegar mais na frente e marcar gols. O treinador já deu o caminho, agora é minha vez".
Com os três pontos, o Tottenham subiu para a 7ª posição, apenas dois pontos atrás do sexto colocado, que ainda disputa uma vaga nas competições europeias. O resultado pode ser crucial para manter viva a esperança de chegar à Liga Europa.
Nos próximos jogos, o clube enfrentará o Manchester City em casa, um duelo que testará a nova "regularidade" que Frank deseja de Bentancur e dos demais meias. Além disso, a pausa internacional começará na próxima segunda‑feira, dando tempo para que Richarlison recupere a forma física e retorne mais potente.
A sequência de derrotas antes das pausas passou a simbolizar a incapacidade do time de lidar com pressão psicológica. Em entrevistas, jogadores admitiram que o simples fato de “ser a partida antes da seleção” já criava ansiedade. Psicólogos esportivos explicam que o medo de falhar pode gerar um efeito de autossugestão, onde a equipe passa a se auto‑cumprir.
Ao quebrar essa sequência, o Tottenham enviou um sinal claro de que a mentalidade está mudando. A vitória, ainda que por pouco, demonstra que o time conseguiu “desligar” o estigma e focar no futebol.
Com os três pontos, o Tottenham subiu para a 7ª posição, ficando a apenas dois pontos do sexto colocado, que ainda disputa vaga na Liga Europa. Essa pontuação coloca o time em posição de lutar por um lugar nas competições continentais nas próximas rodadas.
Tell marcou o único gol da partida, aproveitando um rebote de Pascal Struijk que desviou o chute para o canto da rede, garantindo a vitória 1‑0. Foi também seu primeiro gol da temporada, o que trouxe confiança ao elenco.
Frank quer que Bentancur seja mais consistente e passe a ditar o ritmo do jogo, chegando com a bola em áreas apertadas e contribuindo com gols. Ele ressalta que, quando o uruguaio está em alto nível, pode ser um dos melhores meias da Premier.
A chuva e o vento forte, restos da tempestade Amy, dificultaram os lançamentos longos e favoreceram jogadas curtas. O goleiro Carl Darlow teve pouco espaço para reagir ao rebote, e a bola pousou mais difícil nas áreas de ataque.
O próximo confronto será contra o Manchester City, atual líder da Premier League. O duelo testa a nova postura mental da equipe e a capacidade de Bentancur de assumir o controle do meio‑campo.
Marcelo Mares
5 outubro, 2025 03:57É realmente impressionante como a vitória contra o Leeds pode mudar a dinâmica psicológica do Tottenham, especialmente após tantas derrotas antes das pausas internacionais. Primeiro, a quebra da "maldição" demonstra que a equipe está conseguindo superar um peso mental que se acumulava a cada temporada. Segundo, o gol de Matias Tell, vindo de um rebote em Struijk, evidencia a importância de estar atento a pequenas oportunidades dentro de jogadas caóticas. Terceiro, Thomas Frank parece ter conseguido transmitir um plano claro de "cabeça fria" aos jogadores, o que reflete na disciplina tática observada. Quarto, o clima adverso de vento e chuva não impediu a equipe de manter a posse e atacar com precisão nas áreas certas. Quinto, a introdução de Richarlison trouxe uma presença física que pode ser crucial nos próximos confrontos. Sexto, Lucas Moura, ao acelerar a transição, oferece velocidade que pode quebrar linhas defensivas. Sétimo, a renovação de Bentancur indica confiança da diretoria no potencial de conduzir o meio‑campo. Oitavo, a proximidade dos jogos contra o Manchester City coloca o Tottenham em situação de teste real da nova postura mental. Nono, a consistência nas próximas partidas será vital para transformar esses três pontos em impulso de longo prazo. Décimo, a análise estatística que liga derrotas pré‑pausa a desempenho irregular sugere que quebrar a sequência pode ter efeitos positivos duradouros. Décimo‑primeiro, o apoio da torcida, mesmo sob chuva, reforça o vínculo emocional necessário em momentos críticos. Décimo‑segundo, o fato de que o Leeds não conseguiu capitalizar as condições climáticas demonstra a eficácia defensiva do Tottenham. Décimo‑terceiro, a vitória pode servir de ponto de inflexão para a confiança coletiva. Décimo‑quarto, jogadores como Bentancur devem agora assumir maior responsabilidade ofensiva, conforme o técnico indicou. Décimo‑quinto, em última análise, o Tottenham mostrou que, quando alinhado mentalmente, pode superar adversidades táticas e climáticas, oferecendo esperança aos torcedores para as competições europeias.