Quando Odete Roitman, personagem vilã de Vale Tudo foi atentado enquanto conduzia seu carro, o Brasil inteiro parou para tentar entender quem poderia querer a morte da mais temida empresária da novela.
No instante em que a bala rompeu o para-brisa, Debora Bloch, atriz que dá vida à odiada magnata, manteve a postura fria da personagem e, mais tarde, declarou que se tratava apenas de um assalto – mesmo sabendo que alguém havia mandado matar.
A trama, que estreia em 2023 e tem previsão de fechar em 16 de outubro, tem sido marcada por reviravoltas dignas de novelas das oito. O Grupo TCA, conglomerado que Odete dirige, já foi palco de outros escândalos, mas o ataque mudou o ritmo da história.
Antes do tiro, a história mostrava Odete em confrontos com seu filho Leonardo (Guilherme Magon) e com a jovem Ana Clara (Samantha Jones), que cuida do garoto. A tensão já era visível, mas ninguém esperava que a caça terminaria em um disparo mortal.
O primeiro suspeito oficial surgiu assim que o episódio foi ao ar: Marco Aurélio, executivo da TCA interpretado por Alexandre Nero, ator de Vale Tudo. No mesmo dia em que seu casamento foi quase interrompido por um tiro, Marco jurou vingança, alegando que Odete estava por trás do atentado que quase lhe tirou a vida.
Ao lado de Marco, César, executivo ambicioso interpretado por Cauã Reymond, ator de Vale Tudo, tem motivo claro: herdaria 50% do Grupo TCA caso a esposa morra.
Os roteiristas ainda mantêm a dúvida: será que a vingança de Marco é genuína ou foi manipulada por alguém que deseja usar o ódio dele como cobertura?
O depoimento de Odete – que descreve o ocorrido como mera tentativa de assalto – gerou desconfiança nas autoridades fictícias da novela. O delegado, ainda não nomeado oficialmente, já demonstra ceticismo ao notar a incongruência entre a rapidez do ataque e o suposto crime de rua.
Já Leila entra em cena armada, prometendo proteger o marido a todo custo, o que levanta a suspeita de um plano conjunto. Enquanto isso, César aparece nos bastidores negociando com acionistas externos, insinuando que a morte de Odete poderia abrir portas para novos investimentos.
Os telespectadores, já acostumados com reviravoltas, mostraram aumento de 23% nas interações nas redes sociais na hora da exibição da cena do ataque. Comentários variam entre "não acredito que Odete vai sobreviver" e "Marco está tramando algo".
Especialistas em mídia apontam que esse tipo de suspense costuma elevar a audiência nos últimos episódios, criando um efeito "última oportunidade" que pode impulsionar os índices de rating em até 15 pontos percentuais antes do final em 16 de outubro.
A produção já confirmou que as cenas do atentado serão exibidas no dia 6 de outubro, com detalhes nunca antes mostrados: a identidade do carro de fuga, o recuo inesperado da polícia e um possível mistério envolvendo um plano de seguro que ainda não foi revelado.
Se tudo correr como o roteiro sugere, o próximo bloco mostrará Marco Aurélio confrontando César em uma reunião clandestina, possivelmente usando documentos que provam que Odete orquestrou não só o ataque, mas também a própria tentativa de assassinato do marido.
Para o público, isso significa duas horas de pura adrenalina, com a esperança de que o mistério seja finalmente resolvido antes do último capítulo.
Odete Roitman chegou à novela em 1988, interpretada por Beatriz Segall, e rapidamente se tornou um ícone da vilania televisiva brasileira. A nova encarnação, agora nas mãos de Debora Bloch, traz um toque contemporâneo, mas mantém a essência de uma mulher implacável que controla o Grupo TCA com mão de ferro.
Vale Tudo, originalmente criado por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, sempre se destacou por abordar temas como corrupção, ambição e moralidade. O atual arco do ataque reflete a tradição da novela de colocar seus personagens em dilemas extremos.
Até agora, Marco Aurélio, César e Leila são os principais suspeitos. Cada um tem um motivo forte: vingança, herança e proteção, respectivamente. O roteiro ainda pode revelar um cúmplice inesperado.
O ataque intensifica a corrida pelos bastidores do Grupo TCA, prometendo confrontos decisivos nos últimos capítulos. Espera‑se que a revelação do mandante seja o ponto alto antes do final em 16 de outubro.
A estratégia da personagem é ganhar tempo e desorientar os investigadores, mantendo suas verdadeiras armas – poder e influência – intactas.
Marco é o ponto de conexão entre o ataque e a disputa pelo controle do Grupo TCA. Seu juramento de vingança cria tensão e abre espaço para alianças e traições.
As imagens do disparo e da perseguição foram programadas para emissão no dia 6 de outubro, um dia antes da reta final da novela.
edson rufino de souza
6 outubro, 2025 18:55É óbvio que o atentado a Odete Roitman tem raiz numa conspiração maior, organizada pelos próprios acionistas do TCA que tem medo de perder o controle. Cada tiro dispara uma reação em cadeia que serve para desestabilizar a liderança e abrir brechas para interesses obscuros. Não podemos aceitar que a trama seja apenas um acidente isolado, tem gente puxando os cordões nos bastidores.