Quando Nick Santamaria, Diretor de Engenharia de Segurança da Activision Blizzard Inc., anunciou que 97% dos cheaters da beta foram banidos em menos de meia‑hora, o mundo dos gamers sentiu o baque.
O beta de Call of Duty: Black Ops 7online foi aberto em 14 de outubro de 2025, às 10h00 (horário do Pacífico), para usuários de PlayStation 5, Xbox Series X/S e PC.
Desde que a série Call of Duty chegou ao mercado, desenvolvedores e hackers travam uma guerra de gato‑e‑rato. O primeiro relato de cheats em larga escala data de 2010, quando usuários começaram a usar aimbots em títulos como Modern Warfare. Desde então, cada nova entrega trouxe seu próprio sistema anti‑cheat, mas os trapaceiros sempre dão um passo à frente.
O caso da beta de Black Ops 7 segue a mesma linha: um criador independente do YouTube revelou em um vídeo que o software de trapaça usado foi compilado em 2 de outubro de 2025, às 11:16 (horário do Pacífico). Ou seja, menos de duas semanas antes do lançamento ao público.
Nos primeiros minutos, jogadores relataram a presença de aimbots – programas que miram automaticamente – e wallhacks, que mostram a posição, nome e pontos de vida dos adversários através de paredes. No timestamp 42 do vídeo, o criador comenta: “Ele vê através das paredes, vê os nomes, a HP, tudo”.
Segundo o relatório interno da Activision, 83% dos bans foram gerados por algoritmos de detecção no servidor, enquanto 17% vieram de denúncias de outros jogadores. De forma curiosa, 97% dos cheaters foram expulsos em até 30 minutos após o login, como afirmou Santamaria a AOL News.
Os números por região foram reveladores: 42% dos incidentes nas servidores da América do Norte, 31% na Europa e 19% na Ásia‑Pacífico. A maioria dos cheaters eram usuários de PC – apenas 3% dos casos envolveram consoles, que ainda podem desativar o modo cross‑play como medida paliativa.
A empresa respondeu rapidamente. Um comunicado oficial divulgado no mesmo dia destacou que todas as contas banidas permanecerão permanentemente restritas quando o jogo for lançado oficialmente. Além disso, a Activision implementou rastreamento de hardware e endereço IP para impedir que os usuários contornem os bans criando novas contas.
O Ricochet, sistema anti‑cheat da Activision, ainda não estava ativo na beta. Conforme o vídeo mostrava, a atualização do Ricochet está prevista para o lançamento completo em novembro de 2025. A empresa já lançou sete atualizações significativas ao Ricochet entre 2021 e 2025, e a próxima versão promete proteção em nível de kernel – recurso que reduziu incidentes em 63% quando foi introduzido em Modern Warfare II (2022).
Para os gamers, a experiência de beta se tornou frustrante: relatórios de trapaça, partidas desbalanceadas e um sentimento de desconfiança. Ainda assim, 78% das denúncias enviadas pelos próprios usuários resultaram em bans confirmados, indicando que o sistema de reporte funciona bem quando acionado.
No cenário econômico, a analista sênior da SuperData Research, Stephanie Llamas, estima que desenvolvedores de cheats possam gerar até US$ 2,3 milhões por ano a partir de Black Ops 7, seguindo a tendência de títulos anteriores.
Com o beta encerrado, a Activision promete lançar a versão final em novembro de 2025, já com o Ricochet totalmente integrado. A empresa também está avaliando implementar proteção adicional no nível do driver, algo que ainda não foi testado em larga escala.
Para quem ainda não participou da beta, a dica é simples: evite o modo cross‑play com PC, mantenha o jogo atualizado e denuncie comportamentos suspeitos. Assim, a comunidade ajuda a criar um ambiente mais justo para todos.
A maioria dos cheaters foi banida em menos de 30 minutos, o que significa que suas contas ficarão permanentemente inacessíveis já no lançamento. Isso impede que eles retornem usando novos perfis, reduzindo a reincidência.
A Activision anunciou que a versão mais recente do Ricochet seria incluída apenas no lançamento completo, para garantir estabilidade. A ausência na beta facilitou a ação dos hackers, mas serviu como teste de stress para a equipe de segurança.
Os servidores da América do Norte registraram 42% dos incidentes, seguidos pela Europa com 31% e a Ásia‑Pacífico com 19%. O padrão reflete a maior base de jogadores de PC nessas regiões.
Consoles permitem desativar o cross‑play com PC, reduzindo o risco de encontrar cheaters. Além disso, manter o jogo atualizado e denunciar suspeitos através do sistema interno ajuda a acelerar os bans.
Segundo a analista Stephanie Llamas da SuperData Research, o mercado de cheats para Black Ops 7 pode gerar aproximadamente US$ 2,3 milhões por ano, capitalizando a alta demanda durante o período beta e o lançamento.
Paulo Víctor
15 outubro, 2025 23:24Caraca, 97% dos cheaters expulsos em 30 min é babado! Isso mostra que a Activision tá levando a parada a sério, né? Se liga, quem joga legit tem que aproveitar a beta e reportar tudo. Não deixa esses trapaceiros estragar a diversão, bora manter o game limpo!