Selton Mello e a Batalha contra a Depressão e a Dependência de Anorexígenos dez 9, 2024

A Revelação de Selton Mello sobre a Depressão

No mundo do entretenimento, Selton Mello é um nome que dispensa apresentações. Aos 51 anos, o ator brasileiro abriu seu coração e compartilhou uma luta pessoal que tocou o público de forma profunda. Durante uma aparição no programa "Altas Horas", Mello revelou como sua dependência de anorexígenos desencadeou uma batalha contra a depressão, uma condição que ele nunca tinha enfrentado antes. Para muitos, sua confissão foi um ato corajoso e um alerta sobre os perigos desses medicamentos para a saúde mental e física.

Selton Mello destacou que sua dependência começou há 25 anos, durante as filmagens de "O Auto da Compadecida". Na época, ele usou anorexígenos para perder peso rapidamente e conseguir o físico necessário para seu papel. Segundo ele, esse ciclo se tornou um padrão: emagrecer para as filmagens e, em seguida, recuperar o peso na vida pessoal. O efeito colateral dessa prática foi devastador. Ele descreveu o impacto dos anorexígenos como algo que o deixava "dopado", levando-o a um estado de depressão.

A Realidade por Trás dos Papéis Cinematográficos

Em Hollywood e em outras indústrias cinematográficas, o compromisso dos atores com seus papéis frequentemente requer mudanças físicas drásticas. No entanto, o relato de Mello fornece um vislumbre da realidade inquietante que pode acompanhar essas transformações. Enquanto seus personagens ganhavam vida nas telas, sua saúde pessoal estava sendo sacrificada. O ator enfatizou que estes remédios podem parecer uma solução fácil para perda de peso, mas os efeitos a longo prazo são potencialmente perigosos.

Mello também mencionou uma fase recente em que teve que perder 15 kg em apenas um mês e meio. Este esforço foi necessário para as filmagens de "Ainda Estou Aqui" e "O Auto da Compadecida 2". Ele compartilhou que, dessa vez, estava mais consciente dos riscos e preferiu métodos mais saudáveis, mas lembrou-se do sofrimento que passou anos antes.

O Valor Cultural de

O Valor Cultural de "O Auto da Compadecida 2"

A estreia de "O Auto da Compadecida 2" no CCXP24 não foi apenas um evento cultural, mas também uma oportunidade para Mello refletir sobre sua trajetória pessoal e profissional. Para ele, o filme é um presente cultural significativo para o público brasileiro, carregando uma riqueza emocional que poucos projetos conseguem transmitir. Ao falar sobre a sequência, Selton destacou o orgulho de ver o impacto contínuo que a história tem sobre o público e como sua mensagem permanece relevante.

O relato de Selton Mello no "Altas Horas" joga luz sobre questões importantes de saúde mental e bem-estar no mundo do entretenimento. Ao compartilhar sua experiência, ele não apenas busca encorajar outros a procurarem ajuda, mas também relembra a si mesmo de como a jornada para a cura é contínua. A batalha contra a depressão e a dependência de medicamentos é uma luta que ele continua a enfrentar, mas que agora faz com um conhecimento muito mais profundo dos riscos e das recompensas. Este testemunho nos lembra que mesmo aqueles a quem admiramos por seu talento e sucesso enfrentam batalhas pessoais invisíveis, tornando ainda mais importante o diálogo sobre saúde mental em nossa sociedade.

Graziela Barbosa

Graziela Barbosa

Sou jornalista especializada em notícias e adoro escrever sobre os acontecimentos diários do Brasil. Sempre busco trazer um olhar crítico e informativo, prezando pela autenticidade e clareza. Meu trabalho é movido pela paixão em informar e pela necessidade de fomentar o debate público.

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13 Comentários

  • fernando almeida

    fernando almeida

    10 dezembro, 2024 07:41

    Isso aqui é um alerta pra todo mundo que acha que dieta rápida é sinônimo de sucesso. Corpo é templo, não propriedade de um diretor. Se você tá se matando pra entrar num papel, tá fazendo errado.
    Seu talento não precisa de emagrecimento forçado pra ser válido.

  • Daiana Araújo Martins Danna

    Daiana Araújo Martins Danna

    11 dezembro, 2024 09:38

    Selton é um herói silencioso. Não é só ator, é exemplo de coragem. Muita gente passa por isso e não tem coragem de falar. Ele abriu a porta pra gente conversar sem vergonha.

  • William Primo

    William Primo

    13 dezembro, 2024 06:48

    Essa história toda é uma piada! O Brasil tá virando um país de vitimas de autoajuda! Anorexígeno? Se ele fosse um homem de verdade, ia treinar e comer direito, não ficar se drogando pra ficar magro! Essa geração é fraca!

  • Matheus Soares

    Matheus Soares

    13 dezembro, 2024 21:26

    Interessante como a indústria exige transformações físicas que nem os próprios atores conseguem sustentar. Será que o que estamos celebrando é o talento... ou o sofrimento? Talvez o verdadeiro papel de Selton não tenha sido o de um personagem, mas o de um mensageiro da dor invisível.

  • Josiane Amedon

    Josiane Amedon

    15 dezembro, 2024 16:24

    O que mais me toca nesse relato é a repetição do ciclo: ele sabia dos riscos, mas voltou a usar porque a pressão era maior que a consciência. Isso não é fraqueza, é sistema. A indústria do entretenimento valoriza a aparência acima da saúde, e isso é um problema estrutural. Não adianta só elogiar o ator, precisamos mudar as regras do jogo. Quando um ator precisa perder 15kg em 6 semanas pra ser considerado "adequado", algo está profundamente errado. E isso não acontece só com ele - acontece com dezenas, centenas de pessoas atrás das câmeras, que nunca aparecem nas entrevistas.

  • Bruno Taubenfeld

    Bruno Taubenfeld

    17 dezembro, 2024 01:43

    Mano, Selton é um guerreiro! 🙌 Tô aqui de chapéu na mão pra ele. A gente vê só o personagem, mas a vida real é outra. E ele tá falando pra gente não repetir isso. Se tá se sentindo mal, procura ajuda, não se mata com remédio de farmácia de esquina. Vamo cuidar da mente, irmão!

  • Gabriela Prates

    Gabriela Prates

    17 dezembro, 2024 23:33

    O que me fascina é como ele transformou sua dor em arte. Não é só sobre anorexígenos - é sobre o preço que a arte exige de quem a faz. Ele não só sobreviveu, ele virou um símbolo. E isso muda o jogo. A gente não pode mais olhar pro ator e só ver o rosto, tem que ver a história por trás do rosto.

  • Gerson Júnior

    Gerson Júnior

    19 dezembro, 2024 16:59

    A dependência de anorexígenos é um distúrbio farmacológico, não uma escolha. A depressão que ele descreve é sintomática, não situacional. A indústria é o agente causal.

  • Leonardo Araújo

    Leonardo Araújo

    20 dezembro, 2024 18:17

    A vida é um filme... e às vezes o diretor é o nosso próprio medo 😔🎬

  • Camila Lima Manoel

    Camila Lima Manoel

    21 dezembro, 2024 23:58

    Claro, o grande Selton Mello, vítima da indústria. E eu sou a rainha da Inglaterra. Se ele tivesse disciplina, não precisava de remédios. Isso é desculpa de quem não quer se esforçar. A gente não precisa de mais heróis fracos, precisa de gente que se levante.

  • Natanael Almeida

    Natanael Almeida

    23 dezembro, 2024 04:01

    Essa é a cara do Brasil: gente que se droga pra ficar bonito e depois vira mártir. O que ele fez foi uma irresponsabilidade criminosa. E agora quer que a gente aplauda? Isso não é coragem, é narcisismo disfarçado de vulnerabilidade.

  • Alexandre Alê

    Alexandre Alê

    25 dezembro, 2024 02:35

    E se os anorexígenos forem só a ponta do iceberg? E se isso tudo tiver ligado com programas de TV que vendem ilusão? E se o governo e a indústria estiverem escondendo algo maior? Tô vendo padrões... sério, pesquisem o que aconteceu em 2007 com os remédios de emagrecimento...

  • Vanessa Borges

    Vanessa Borges

    26 dezembro, 2024 17:03

    Quero agradecer ao Selton por falar isso. Não é fácil. Eu já tive um amigo que perdeu tudo por causa disso. A gente não precisa de heróis perfeitos. Precisamos de pessoas que se importam o suficiente pra dizer a verdade. Ele fez isso. E isso já muda tudo.

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