Dependência: entenda, identifique e supere

Quando a gente fala em dependência, costuma imaginar alguém agarrado a uma substância ou a um hábito. Mas a ideia vai muito além de álcool ou drogas. Dependência pode ser emocional, financeira, tecnológica e até de relacionamento. O importante é perceber quando algo deixa de ser escolha e vira necessidade que controla a sua vida.

Tipos comuns de dependência

Dependência química: é o caso clássico de álcool, cigarro, maconha, cocaína e outras drogas. O corpo cria tolerância e o cérebro passa a exigir a substância para funcionar “normalmente”.

Dependência comportamental: inclui jogos de azar, compras compulsivas, uso exagerado de redes sociais ou videogames. Não há substância, mas o ato gera prazer imediato e cria um ciclo difícil de quebrar.

Dependência emocional: acontece quando alguém se sente incapaz de viver sem a aprovação ou presença de outra pessoa. Relacionamentos tóxicos costumam ter esse padrão.

Dependência financeira: quando a pessoa não consegue controlar gastos, acumula dívidas e vive de cheque especial. A ansiedade de ter dinheiro se torna o motor das decisões.

Dependência tecnológica: o smartphone, e‑mail e mensagens são tão essenciais que a ausência gera ansiedade. Checar o celular a cada minuto pode ser sinal de dependência.

Passos práticos para romper a dependência

1. Reconheça o problema: admitir que algo está fora de controle é o primeiro passo. Anote situações, frequência e sentimentos ligados ao comportamento.

2. Busque apoio: conversar com amigos, familiares ou um profissional de saúde mental ajuda a enxergar a situação de fora e receber orientação.

3. Defina metas realistas: ao invés de “vou parar de vez”, tente “vou reduzir 30% do tempo diário no celular” ou “vou trocar um cigarro por caminhada”. Metas pequenas são mais fáceis de cumprir.

4. Substitua o hábito: encontre atividades que dão prazer sem causar dano, como leitura, esporte ou hobbies criativos. Quanto mais atraente for a alternativa, menor a chance de recaída.

5. Crie limites claros: desligue notificações, estabeleça horários fixos para usar a internet ou para gastar dinheiro. Limites servem como barreiras que você controla.

6. Monitore o progresso: registre o que funciona e o que não funciona. Um diário ajuda a perceber padrões e reforça a sensação de conquista.

7. Não se culpe por falhas: recaídas acontecem. Aprenda com elas, ajuste a estratégia e siga em frente. A mudança real vem da persistência, não da perfeição.

Se a dependência for mais profunda, como no caso de álcool ou drogas, procure um centro de tratamento ou um grupo de apoio como Alcoólicos Anônimos. O caminho pode ser longo, mas cada passo conta.

Em resumo, dependência é um padrão de comportamento que tira o controle da pessoa. Identificar o tipo, aceitar a situação e aplicar estratégias simples já faz uma diferença enorme. Comece hoje, fale com alguém de confiança e dê o primeiro passo rumo a uma vida mais livre e equilibrada.

Selton Mello e a Batalha contra a Depressão e a Dependência de Anorexígenos dez 9, 2024

Selton Mello e a Batalha contra a Depressão e a Dependência de Anorexígenos

Selton Mello revelou, em um depoimento emocionante no programa "Altas Horas", como sua dependência de anorexígenos o levou à depressão. O ator, que perdeu peso para papéis marcantes, alertou sobre os riscos desses medicamentos. Com estreia no CCXP24, "O Auto da Compadecida 2" é um feito cultural, mas carrega uma história pessoal de superação.