Tarifas de 50% à JBS: encontro entre Joesley Batista e Trump muda tom na ONU set 27, 2025

Contexto das tarifas e seu impacto

Em julho de 2023, a Casa Branca aplicou tarifas de 50% sobre a maioria das importações brasileiras, incluindo carne bovina, como retaliação ao que considerava perseguição ao ex‑presidente Jair Bolsonaro. Para consumidores americanos, o preço da carne subiu de forma perceptível, gerando críticas de produtores e cadeias de supermercados.

Empresas como a JBS e sua subsidiária Pilgrim's Pride viram seus custos de exportação aumentarem, o que refletiu em margens menores e ajustes de produção. Analistas do mercado alimentício apontaram que a medida poderia gerar escassez de proteína de qualidade nos EUA, já que a JBS responde por cerca de 20% das carnes processadas consumidas no país.

O encontro entre Batista e Trump e as consequências políticas

O encontro entre Batista e Trump e as consequências políticas

Joesley Batista, co‑dono da JBS, garantiu uma reunião privada com o presidente dos Estados Unidos aproximadamente três semanas antes de Trump fazer um discurso na ONU. Conforme apurou a Folha de São Paulo, Batista alertou que tarifas tão altas estavam prejudicando consumidores americanos e ameaçando a cadeia de abastecimento da própria empresa.

O presidente Trump, que havia mantido um discurso crítico ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas semanas anteriores, mudou o tom durante a fala na General Assembly. Ele elogiou Lula, descrevendo a conversa com Batista como um “bom papo” e ressaltou a química que sentiram, embora o encontro tenha durado cerca de 39 segundos.

Especialistas em relações exteriores interpretam o episódio como parte de uma estratégia de pressão econômica que acabou gerando um ajuste diplomático rápido. O comércio Brasil‑Estados Unidos, que movimenta bilhões de dólares ao ano, mostrou sinais de que a política de retaliação pode estar sendo reavaliada.

A JBS ainda não comentou publicamente sobre a reunião, e a Casa Branca não respondeu imediatamente aos pedidos de entrevista. Entretanto, o caso ficou marcado como um exemplo de como grandes empresários podem influenciar discursos de alto nível, especialmente quando interesses comerciais e políticos se cruzam.

Graziela Barbosa

Graziela Barbosa

Sou jornalista especializada em notícias e adoro escrever sobre os acontecimentos diários do Brasil. Sempre busco trazer um olhar crítico e informativo, prezando pela autenticidade e clareza. Meu trabalho é movido pela paixão em informar e pela necessidade de fomentar o debate público.

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19 Comentários

  • Daiana Araújo Martins Danna

    Daiana Araújo Martins Danna

    29 setembro, 2025 00:11

    Isso é o que acontece quando empresários têm acesso direto ao poder. A JBS move bilhões, então claro que vão conseguir mudar o discurso de um presidente. O povo paga a conta, mas os donos das empresas saem ganhando.

  • Ulisses Alves

    Ulisses Alves

    30 setembro, 2025 18:09

    E não é que o Joesley conseguiu?!!! Com um papo de 39 segundos, ele desfez toda a política externa do governo americano??? Isso é um escândalo!!! E o Lula, que nem sabia que isso estava acontecendo, aparece como herói???!!!

  • Vanessa Borges

    Vanessa Borges

    1 outubro, 2025 22:10

    O interessante é que isso mostra como o comércio internacional realmente funciona. Não são os discursos que mudam as coisas, são os interesses econômicos. A JBS é um dos maiores empregadores do país e abastece os EUA. Se a carne sobe, o povo americano reclama. E quando o povo reclama, o político ouve.

  • claudio de souza silva

    claudio de souza silva

    3 outubro, 2025 00:43

    Nossa, isso é tipo filme de Hollywood!!! Um empresário brasileiro entra numa sala, fala 39 segundos e muda a política dos EUA??? 😱 E o Trump elogiando o Lula???! O mundo virou de cabeça para baixo!!! 🤯

  • Josiane Amedon

    Josiane Amedon

    3 outubro, 2025 04:05

    É importante entender que a JBS responde por 20% da carne processada nos EUA. Isso não é só um número, é um sistema logístico inteiro que sustenta supermercados, restaurantes e famílias. Tarifas tão altas geram escassez, inflação e desemprego. O ajuste foi pragmático, não político. O que aconteceu foi um reconhecimento de que a política de retaliação não era sustentável, e não um favor pessoal. A diplomacia econômica funciona assim: quando o custo é maior que o benefício, a mudança acontece.

  • Bruno Taubenfeld

    Bruno Taubenfeld

    4 outubro, 2025 16:56

    tipo assim, o cara do jbs foi la e falou "olha, se vc nao mudar isso, o seu povo nao vai ter carne no churrasco" e o trump foi "ahh sim sim, voce tem razao" e dai tudo mudou?? kkkkkkkkkk isso é o brasil mesmo, o empresario resolve tudo

  • Gabriela Prates

    Gabriela Prates

    5 outubro, 2025 20:28

    Será que o encontro realmente foi tão curto? Ou foi a forma que o governo americano encontrou de minimizar a importância de uma reunião que, na prática, mudou a política de um país inteiro? A diplomacia muitas vezes é feita nos bastidores, e os 39 segundos podem ter sido só a ponta do iceberg.

  • Gerson Júnior

    Gerson Júnior

    7 outubro, 2025 09:47

    A relação entre poder econômico e poder político é direta e inevitável. A JBS influenciou porque tem capacidade de gerar impacto real. Não é corrupção, é estrutura.

  • Leonardo Araújo

    Leonardo Araújo

    7 outubro, 2025 21:08

    E se esse encontro tiver sido só um truque pra distrair a opinião pública? E se o Trump tiver falado isso só pra desviar do escândalo da Ucrânia? 🤔 A política é um jogo de espelhos...

  • fernando almeida

    fernando almeida

    9 outubro, 2025 03:17

    Se a JBS não fosse tão poderosa, ninguém daria bola. Mas como ela move a economia, todo mundo se curva. Isso não é injusto, é realidade. O Brasil precisa de mais empresários assim, que sabem jogar o jogo.

  • William Primo

    William Primo

    10 outubro, 2025 19:57

    Isso é uma vergonha nacional!!! Um empresário brasileiro indo se curvar aos EUA e ainda por cima elogiando o Trump??? O Lula deveria ter prendido esse cara!!! E o povo brasileiro ainda elogia esse tipo de coisa???!!!

  • Matheus Soares

    Matheus Soares

    10 outubro, 2025 21:15

    Interessante como o tempo de reunião foi tão curto, mas o impacto foi tão grande. Às vezes, o que importa não é a duração, mas a qualidade da conversa. Talvez os dois tenham entendido exatamente o que o outro queria dizer sem precisar falar muito.

  • Camila Lima Manoel

    Camila Lima Manoel

    12 outubro, 2025 07:24

    Claro, porque o Brasil só é levado a sério quando um empresário vai pedir favores nos EUA. Enquanto isso, nossos ministros discursam sobre soberania e ninguém escuta. Que lindo, hein?

  • Natanael Almeida

    Natanael Almeida

    13 outubro, 2025 17:53

    Isso é a prova de que o Lula é um fantoche. Ele nem sabia que o Joesley foi lá, mas agora é o herói?!! E o povo brasileiro acredita nisso?!! Esses empresários só pensam em lucro, e vocês caem de boca!!!

  • Alexandre Alê

    Alexandre Alê

    13 outubro, 2025 21:09

    E se isso tudo for parte de um plano maior? E se a JBS tiver sido usada como isca pra desviar a atenção de algo maior? E se o Trump tiver feito isso pra desestabilizar o Lula? 🤫👽

  • MELINA Lima

    MELINA Lima

    14 outubro, 2025 00:46

    A carne é cara nos EUA porque a JBS é importante. Se a tarifa cai, o preço desce. É simples. O povo não precisa entender política, só precisa comer.

  • Carlos Eduardo Cordeiro

    Carlos Eduardo Cordeiro

    14 outubro, 2025 01:28

    Eles não falaram 39 segundos, eles assinaram um acordo secreto. O Trump não é burro. O que vocês acham que acontece com os dados da JBS nos servidores americanos? E se isso for um acordo de espionagem? O Brasil tá sendo vendido em troca de carne.

  • Giulia Ayumi

    Giulia Ayumi

    14 outubro, 2025 18:25

    Essa é a realidade do mundo: quem tem dinheiro, tem voz. E a JBS tem. Isso não é vergonha, é estratégia. O Brasil precisa de mais gente assim, que sabe usar o que tem pra proteger o país.

  • Kauan Santos

    Kauan Santos

    15 outubro, 2025 05:45

    A diplomacia não é feita só por ministros. Às vezes, é feita por empresários que entendem o valor da cadeia produtiva. O encontro não foi um favor, foi um alerta técnico. E o presidente americano ouviu. Isso é eficiência, não corrupção.

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